sexta-feira, junho 19, 2009

Sopa de várias fotos 2008/2009

Várias

Char Dham



A última peregrinação por terras da mãe Índia, no estado do Uttarkand... tendo passado por Yamunotri (nascente do Yamuna), Gangotri (Gaumukh - principal nascente do Ganges), kedarnath (próximo das nascente do rio Mandakini) e Badrinath (próximo da nascente do rio Alaknanda). Conhecido por Char Dham estes quatro locais são considerados sagrados e auspiciosos...

"Peregrinar dentro de mim"

A todos os que têm acompanhado este meu peregrinar desejos das melhores vibrações do alto das montanhas.

Namaste
Rui

domingo, junho 07, 2009

Quarenta dias em Vindhya Vasani

Escrever acerca de determinadas experiências mostra-se cada vez mais difícil e sinto que facilmente posso ser "mal compreendido" e rotulado com títulos do tipo "enlouqueceu" ou qualquer outra coisa... Mas por agora não é propósito deste texto falar dos meus estados mentais... :)




Esta experiência começa quando recebo um e-mail, do Brasil, do meu amigo Thierry que conhecera cerca de 2 anos antes, bem perto de Lakshman Jhula, local onde me encontrava.


Estava "meio retido" pois com tanta viajem e alterações climatéricas encontrava-me a recuperar de uma constipação e a aguardava que Guruji "descesse" dos Himalaias, pois só com as formalidades e respectivas autorizações podia instalar-me no Atmakutir.





O dito e-mail falava de "um processo" pelo qual é possível viver unicamente de prana e de como o por em prática. Devo dizer que o entusiasmo foi crescendo à medida que ia lendo o livro no portátil que transporto comigo.


Não pude evitar de me por à experiencia do dito processo mesmo sem ter terminado a referida leitura. Tal veio a acontecer após breve passagem pelo Atmakutir e após sugestão de Guruji para deslocar-me a um pequeno ermo, em Vindhya Vasani, para a celebração do Navratri, com outros elementos do Ashram.


Ainda no Atmakutir e na noite anterior ao iniício do referido Navratri o rugido bem sonoro de um tigre fez-se ouvir. O tigre (ou o leão) está profundamente ligado a Durga que é o centro desta celebração. Este animal aparece sempre com a sua montada (veículo) e como a linguagem do Universo é a sincronicidade só se poderia fazer uma leitura auspiciosa. Na realidade esta foi a forma que o Hinduísmo encontrou para venerar a parte manifestada da criação através da Mãe Durga (Mãe Divina). Cada dia desta celebração lembra um dos seus aspectos. Por tradição durante estes dias só se toma uma refeição por dia dentro de um ambiente que evite exteriorização, razão pela qual nos encontrávamos ali.


No último dia estávamos reunidos junto de uma imensa arvore Banyan, espécime com muitas centenas de anos, talvez mesmo milhares e ligada a diversos seres que ali realizaram as suas práticas espirituais. Assim estávamos ali reunidos para o Havan (ou Yagnya) que consiste num ritual védico que tem por base o elemento fogo como canal.


Tudo estava sereno, o vento era praticamente inexistente, o fumo do incenso subia em pequenas ondulações como se se espreguiçasse lentamente. O fogo tornou-se forte, na realidade demasiado forte o que fez afastar alguns elementos ligeiramente, eu inclusive. É neste ambiente de inicio de Havan que o inesperado acontece quando um imenso enxame de abelhas enfurecidas inicia um ataque massivo sobre nós! O calor do fogo subira ate à colmeia existente nos ramos superiores e fizera soar "o alarme"... Quanto a nós nada havia a fazer senão correr o mais rápido possível. Nunca me tinha visto em tal situação; a ser constantemente picado corria descalço sobre pedras ladeira acima, quase sem ver o caminho com tanto movimento de mãos... uma fuga que parecia simplesmente fora de controlo!


Foram as duas divisões que funcionaram como quartos a nossa salvação pois todo o enxame perseguiu os desprotegidos alvos. Mais de vinte picadelas pude contar para além das muitas outras que se ficaram pela roupa!


Para além de todo o aparato da situação não houve consequências de maior; meia dúzia de dias foram suficientes para que os sinais deste massivo ataque começassem a desaparecer.


Uns dias mais tarde, eu e Niraj, para celebrar os seus seis meses de sadhana, encontrávamo-nos no mesmo local a executar o mesmo ritual e não houve qualquer problema. Parece que o único problema foi mesmo o excesso de calor que provocou o "alarme" na colmeia, nada mais.


O dito Havan foi terminado mesmo ali num dos quartos pois as abelhas continuaram a rondar o local durante longo tempo.


Refira-se que estes espaços estão dentro do Parque Natural e são muitos os animais facilmente visíveis: veados, javalis, raposas, tigres e até elefantes, para alem dos muitos outros animais onde se destacam os imensos pássaros tendo o pavão presença praticamente diária.


Peço a Guruji para ficar mais uns dias pois parecia-me que ali se reunião as condições ideais para por em prática o dito "processo de alimentação pranica".


Resumidamente, os vinte e um dias do "processo" estão repartidos por três fases. Os primeiros sete dias só se ingerem líquidos. Nos sete dias seguintes só se almoça uma sopa e na terceira semana não se ingere nada: nem líquidos nem sólidos!


Vejo-me assim a passar por este processo de purificação físico e mental... A confrontação interna é bastante forte pois passa-se por uma experiência onde o "desconhecido" marca presença permanente e não havia ninguém a quem recorrer. 


A última semana foi especialmente difícil pois o calor era imenso o que me levou a ter de beber agua uma vez por dia, o que tinha de ser feito com contenção pois a tendência natural era ingerir grandes quantidades. 


Para quem quiser conhecer esta realidade fica a informação do livro que tem uma abordagem muito positiva, diria de certa forma que é demasiado positiva. As diferentes etapas de mudança de alimentação como fases preparatórias parecem ser factores indispensáveis para ajustar o corpo e mente para tal prática. Parece-me sensato que só depois de verificar a adaptação saudável do corpo e mente a uma alimentação de sumos naturais e vegetais, com a motivação correcta e tendo por base o auto conhecimento interno baseado na meditação o indivíduo deveria ponderal a eventualidade de tal prática. A prática não deveria ser o objectivo em si mesma mas a consequência de uma vida espiritual equilibrada e sustentada que pode ter este caminho como uma continuidade natural.


No meu caso pessoal, o meu corpo físico não estava suficientemente preparado para "suportar" tal prática. Reconheci-o durante o processo e tive a conformação posterior, provinda de mais que uma fonte, que esta prática não é indicada para mim. O médico Ayurvedico disse-me directamente que não deveria fazer estes jejuns longos. Actualmente procuro ir à raiz dos problemas procurando sarar as mazelas e recuperar o peso perdido tendo, dentro do possível, uma alimentação saudável. 
Contudo, a prática do jejum não está totalmente posta de lado. Uma vez por semana e com a devida atitude, em total serenidade e elevação espiritual pode ser uma prática muito positiva a todos os níveis.


Como me referiu a minha amiga Maria acerca do assunto:


"Quanto aos jejuns, nunca aconselho grandes prolongamentos. Um dia chega. O que é necessário é a atitude correcta para fazer jejum. O motivo deve ser sempre a purificação, não só corporal como espiritual, pois todos os corpos beneficiam da ausência dos alimentos. Assim, se o objectivo for, obter maior compreensão sobre si mesmo através de um dia de silêncio e de jejum, deve ter em conta que os benefícios resultam se não houver dispersão. 
Ou seja para um jejum deve haver a correcta atitude espiritual, pois assim pode alcançar maior expansão de consciência e obter maior Integração com o seu Eu Superior e a consequente União. Fazer jejum apenas para purificar o corpo não vai resultar tanto como se o fizer com o objectivo espiritual."




Entretanto finalizando "o processo" mas mantendo o silêncio tenho a surpresa da presença de uma Mexicana que ali passou alguns dias para as suas práticas que envolviam longo tempo junto à arvore Banyan numa atitude meditativa e contemplativa. Mais tarde tive o prazer de conhecer as suas várias experiências fruto de mais de 20 anos de contacto com a Índia. Através dela fiquei a conhecer um pouco das suas vivências com Papaji, um discípulo de Sri Ramana Maharshi. Foi com surpresa que soube que visita Portugal com regularidade para se encontrar com Gangaji, a mais directa discípula de Papaji, que vive no Algarve! Ainda lhe disse que por este andar não precisaria de voltar à Índia pois posso encontrar tudo o que preciso em Portugal! :) Coincidências ou talvez não.




Mais uma vez parece que estas partilhas têm tendência para se estenderem...




Que o Amor se inflame no coração daquele que O busca (O Puro Amor)


rui


http://www.esnips.com/doc/f3f04eb4-d8bf-4edb-9fe1-af0d3f7201d4/Jasmuheen-Viver-de-Luz

sábado, maio 23, 2009

Ventura da Luz (Reflexões)

No topo da coluna do lado direito (a verde) encontra-se uma nova rubrica: "Ventura da Luz (Reflexões)".

Ele próprio faz questão de se apresentar: "Olá! Eu sou o Ventura da Luz". Parece que gosta de reflectir acerca de vários temas, que desde há muito buscavam e necessitavam de encontrar (ou reencontrar) Ventura da Luz para lhes dar expressão...

Para já foram editados dois textos: "Nos olhos do touro - A Tourada Lusa" e "'Lisboa Nova' e a 'Nova Lisboa'".

Adianto que estes textos nasceram num momento algo especial desta peregrinação, por terras da Mãe Índia; o primeiro texto, "Nos olhos do touro", p.e., veio à luz, casualmente, no dia 25 de Abril, o que é caso para dizer que Ventura da Luz não esta assim tão distante de Portugal.

Sempre que Ventura 'se aventure' numa nova edição farei uma pequena introdução a informar, idêntico ao que agora se apresenta.

Nota: Os referidos textos podem ser divulgados. Excepção feita a qualquer divulgação onde estejam interesses comerciais envolvidos.

Comentários e/ou criticas com abordagem positiva são muito bem vindos.

Rui Pereira

Do texto: "'Lisboa nova' e a 'Nova Lisboa'"

"Desde há vários anos que me faz todo o sentido mudar a capital Portuguesa para outro lugar e à medida que os acontecimentos nacionais vão passando na grande tela das nossas vidas, essa primeira ideia encontrada na vastidão do cosmos continua a luzir. Se já não deixou de ler, certamente estará a pensar: “ Mas o que é que este quer agora?” E eu digo que não quero nada; mas como a vida é aquilo que nós queremos fazer dela, eu neste momento quero continuar a escrever. :) Perguntarão: “Mas porquê?”, “Para quê?”, “Para onde?”, “Com quê?”, “ Quem?”, “Quando?”... Será mais alguma daquelas soluções num estilo bem conhecido de um país que se põe frequentemente em bicos de pés para receber umas ‘palmadinhas nas costas’? Porque mudar uma capital com séculos?"

terça-feira, maio 12, 2009

“Fogo Védico” – Homa Terapia

(terapia divulgada no livro "Homa Therapy – Our last chance")

 


Falar de Veda é falar das escrituras mais antigas da Mãe Índia onde se aborda o conhecimento do Divino; contudo os Veda abrangem um leque variadíssimo de assuntos, como p.e., política, saúde (Ayurveda), astronomia... entre outras temáticas. Terá sido revelado por seres de grande realização espiritual (Rishis).

 


É crescente o interesse Ocidental por várias práticas Orientais, como yoga e Ayurveda, numa vertente mais externa, mas também as filosofias que as suportam são alvo crescente de interesse como são os casos do Vedanta e Tantra.

 


Acerca do yoga, com todas as suas valências, destacaria a Kriya Yoga (ou Raja Yoga), onde o mesmo interesse parece ser cada vez mais significativo, por várias razões e que talvez um dia venha a abordar neste espaço.

 


Parte significativa da origem de todo este manancial provem destes Vedas!

 


À medida que o Ocidental vai contactando com estes sistemas e práticas parece reconhecer progressivamente os benefícios de tais abordagens que se aproximam de um equilíbrio e vivências saudáveis, que nos parece ter fugido por entre os dedos. Porém os ensinamentos vão muito mais longe! Mais do que fazer meia dúzia de exercícios, estes textos Védicos indicam várias outras práticas de equilíbrio entre o homem e o ambiente (O homem como parte de um Todo) e acima de tudo veiculam os ensinamentos práticos e filosóficos para que o homem realiza esse ‘Todo’ em si mesmo!!!

 


Trago as ideias acima para enquadrar uma prática Védica, que parece ganhar uma abordagem ainda mais interessante à medida que a mente Ocidental a põe em prática e se despertam as mentes científicas.
Sem que se saiba exactamente com funciona, o uso do fogo, no contexto do ritual Védico, conhecido como Yajnya ou Homa Terapia, tem provado pelos próprios resultados a sua eficácia (segundo o livro), o que inevitavelmente forçam e estimulam a sua aceitação e investigação.
Deixo a tradução da contracapa de um livro que promove de forma entusiasta esta prática, que diga-se é bem simples de ser praticada e em qualquer lugar. As referências aos benefícios são tantos, que o melhor é comprar o livro (por sinal barato) e experimentar até alcançar os resultados.

 


"Cura a atmosfera que ela curar-te-á.
Este é o princípio básico da Homa Terapia.
Homa Terapia provem dos Veda, a mais ancestral sabedoria conhecida pela humanidade.
Homa terapia é a ciência de purificação da atmosfera dada pelos Veda. Homa e Yajnya são sinónimos. A prática da Homa Terapia remove as toxinas da atmosfera e tem um fortíssimo efeito nos humanos, animais e reino vegetal, na realidade, em toda a biosfera. As plantas são a base da alimentação humana. O reino vegetal sofre pesadamente devido à poluição atmosférica. "Comida" produzida em atmosfera onde se realize esta prática é ela própria medicinal, actuando preventiva e curativamente. Este aspecto da Homa Terapia na forma de ‘Cultivo Orgânico Homa’, tal como, ‘Medicina Tradicional’, são também abordados neste livro."

 


Nota final: Segundo o próprio livro, nem Indianos nem Ocidentais sabem concretamente como funciona em termos de reacção das partículas, contudo todo este fenómeno para ter por base as leis da ressonância.
A execução do ritual com a vocalização dos mantras (som), ao nascer e pôr-do-sol parecem anular o efeito da poluição e suas toxinas repondo um ambiente de harmonia, ao ponto de actuar também ao nível dos desequilíbrios e tenções existentes na própria psique humana!

 


Pela sustentação da vida" rui (R.P.) 29 de Abril de 2009

 


Livro:
Homa Therapy – Our last chance"
V.V. Paranjpe
Fivefold Path Publication
Monika Koch
Petergasse 2
D-78345 Moos-Bankholzen / Bodensee
Germany
Tel & Fax: +49 (0) 7732 2830
www.homatherapy.de
www.homa-healing-center.com
www.agnihotra-ash-medicine.com

 


Fivefold Path Mission
40 Ashoknagar
Dhule 424001
Maharastra
India
Tel: 02562-246993
Nota: Por agora deixo estes dois contactos, porem o livro refere outros endereços que podem ser disponibilizados. É só solicitar.