terça-feira, julho 18, 2006

NEPAL 1 - Kathmandu

Quando pensava que tinha que me deslocar ao Nepal para renovar o visto, que terminava em Junho, ficava um pouco ansioso. Nada de especial me atraia, as noticias que ainda no mês de Abril se viam na TV contribuíam para aumentar este estado de dúvida. Depois do "Abril quente" onde a oposição lutou contra o sistema monárquico, entrou-se num período de alguma normalidade. Parece que o rei cedeu às posições da oposição e entraram num processo de negociações... Que não será fácil pois há partidos que querem rei, outros que nem por isso. Alem disso há ainda os Maoistas que estão no terreno com armas, controlando as áreas mais interiores do Nepal. Actualmente elabora-se uma nova constituição com o objectivo de democratizar o país.
Do mapa que comprara à entrada do Nepal ouve duas coisas que me chamaram a atenção "Nepal enjoys the distinction of being the only Hindu Kingdom in the world", tendo em conta que foi aqui que nasceu Siddhartha Gautama, foi algo que surpreendeu.
A outra foi "Nepal has more 60 ethnic groups and 70 spoken languages", para um universo de pouco mais de 20 milhões de habitantes! É contudo o Nepali (Nepalês) e o Inglês as mais comuns, pelo menos nos locais turísticos.
Assim depois de passar a fronteira em Kakarbhita, faço uma viagem de 21 horas de autocarro ate Kathmandu, não sem antes haver os percalços do costume, como um furo e uns problemas de motor. Tudo se resolve, mesmo durante a noite com as falhas habituais de luz eléctrica!
Kathmandu está calma, havendo alguns soldados nas ruas que patrulham calmamente os pontos mais importantes da cidade. Parece haver alguma preocupação com os turistas que a par da monção praticamente desapareceram. Os Nepaleses vivem um ambiente de alguma incerteza, desconfiança, mas acima de tudo existe uma grande esperança no futuro.
O turismo tem uma importância fundamental no Nepal, principalmente o turismo ligado às montanhas: trekking de alta montanha e vários desportos radicais. Protegidas pelos 16 parques nacionais fazem dos Himalaias Nepalês um paraíso do trekking e observação da vida selvagem.
Encontrei Shoko de Espanha, envolvido com as suas novas tatuagens e James da Escócia que procurava resolver um problema com o passaporte, conhecimentos de locais anteriores.
Visitei Swoyambhunath stupa também conhecida como "templo dos macacos" e Boudhanath Stupa ambos ligados ao budismo e relevantes pela antiguidade e centros de peregrinação.
O que mais me impressionou foi Pashupati Nath Temple. Templo Hindu onde fazem as cremações, que apesar da chuva foi possível observar. Quão rápido desaparece um corpo! Cerca de uma hora é suficiente para ficar reduzido a cinzas, que por sinal são atiradas ao rio. Na Durbar Square visitei Kumari Temple. Kumari é uma representação da divindade. É uma moça virgem que vive cerca de um ano no templo como símbolo de pureza, sendo possível vê-la às 4:00 p.m. na janela do templo.
A foto em baixo é do Pashupati Nath Temple. Representações de Shiva.

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