Depois de problemas inesperados com os cartões de multibanco, ficando impossibilitado de levantar dinheiro, vejo-me em Kathmandu com uns troco e vários dias de espera, até que volte a ter os novos cartões. Situação resolvida com a preciosa ajuda da minha família a quem agradeço.
A situação era propícia para encontrar alguma actividade mais interessante do que esperar por cartões de multibanco.
Assim inscrevo-me no segundo curso Vipassana, que começava no dia seguinte (de que já falei anteriormente).
Os primeiros dias foram um pouco complicados pelas dores e tosse, que me desconcentrava a mim e certamente aos outros. Acabou por ser uma espécie de purificação e a meditação acabou por ser mais profunda e sentida que da primeira vez.
A partir do segundo curso passa-se a "Old student" aumentando as restrições de acordo com os preceitos Budistas (Sila), mas em termos práticos equivale a dizer que após o almoço não há mais alimentos, só um "lemon water", que ganha um sabor especial.
A grande surpresa estava para chegar, quando no último dia, já depois de "quebrado o silêncio", abraço muito espontaneamente um fulano que fala comigo em português. Não sei se foi pelos dias de Silêncio ou por ser o primeiro português que encontro após 6 meses de viagem! Chama-se Nuno Pereira, vive na Suíça há alguns anos, ensina história e é bem Português! Havia também Nicolas, francês, que vive no Brasil e fala bem Português, entre vários ocidentais.
Como "não ha três sem duas", venho a encontrar um outro Português, de Leiria, que viajava há um ano e meio. Daniel que numa história de encantar vem a conhecer uma Nepalesa, de Pokhara, com quem casara à cerca de uma semana. Relações Luso-Nepalesas que desejo as maiores felicidades.
Depois do Vipassana, quando voltei à cidade as pessoas que conhecia tinham mudado, os problemas com cartões já não existiam e sentia-me bem mais saudável! A selecção tinha passado a fase de apuramento o que foi bom de se saber. Não fui o único a vibrar com a selecção Portuguesa. Os Nepalesas vibram com o futebol torcendo pelas equipes mais desconhecidas e com menos palmares. No centro comunitário do campo de refugiados tibetanos p.e., em Pokhara, no jogo das meias-finais, 75% estavam por Portugal e os restantes pela França. Chegamos a ver camisolas da Selecção! Sem dúvida que cria uma maior proximidade, falavam de Portugal, do Figo, do C. Ronaldo...
Partilhando algumas actividades com o Nuno ainda visitamos Patan (foto) e Baktapur,
nos arredores de Kathmandu. Destaco os centros destas localidades que nos transportam a tempos medievais com os seus palácios e variados templos continuando estes a fazer parte da vida das pessoas. Muitos deles continuam a permitir só a entrada a Hindus.
A construção da maior parte dos edifícios era e é feita com os "tijolos de burro" e com magníficos trabalhos em madeira que embelezam as janelas, portas e telhados. Autênticas obras de arte.
terça-feira, julho 18, 2006
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