Lanka do épico Ramayana, Taprobana do período pré-colonial, Ceilão dos Portugueses, Seilan dos Árabes ou Sri Lanka dos Singaleses, esta ilha parece ser todo esse passado-presente que se vai abrindo no meio da luxuriante floresta, num misto de contrastes tão típico destes países do Sul da Ásia, que descrevo desta forma:
"Salgado o Mar azul
Doce a floresta pintada com todos os tons de verde
Salgados os corvos pretos
Doces os pássaros coloridos de arco-íris
Salgada a prisão de Sita por Ravana em Sita Eliya
Doce a sua libertação por Rama e Hanuman
Salgadas as vontades que procuram apagar os poucos sinais da presença Portuguesa
Doce a presença de Santo António e a devoção que perdura desses tempo
Salgado o controlo (necessário ?) das tropas nos locais de peregrinação
Doces as árvores milenares que preservam em si recordações dos primórdios do Budismo
Salgadas as águas destruidoras do "tsunami" (1)
Doce a cooperação vinda do exterior
Salgado o conflitos entre tropas e Tigres Tamil
Doce a convivência entre as várias comunidades religiosas
Salgadas as manipulações dos homens que detêm poder
Doces a paciência das gentes simples
Salgada a forma como se conduz
Doce a água refrescante dos cocos
Doce as plantações de chá nas montanhas de Nuwara Eliya e o ar penetrante que ai se respira
Doce a oportunidade de poder contactar a "Lágrima Doce"
Nota: De acordo com fontes no local cerca de 53000 expiraram.
Relacionado com o maremoto (tsunami)... Uns dias antes de chegar a Baticaloa lia que aí ainda existia quem falasse uma espécie de dialecto com base lexical Portuguesa o que despertou um pouco a minha atenção... Seria interessante encontrar alguém que o falasse... Ao perguntar acerca de tal eventualidade a um local, ouço a seguinte resposta: "Conhecia dois ou tres e foram levados pelo 'tsunami'!!! Perante tal afirmacao secaram-se-me as palavras!
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