terça-feira, março 17, 2009

"Lágrima Doce" - Sri Lanka

Lanka do épico Ramayana, Taprobana do período pré-colonial, Ceilão dos Portugueses, Seilan dos Árabes ou Sri Lanka dos Singaleses, esta ilha parece ser todo esse passado-presente que se vai abrindo no meio da luxuriante floresta, num misto de contrastes tão típico destes países do Sul da Ásia, que descrevo desta forma:


"Salgado o Mar azul

Doce a floresta pintada com todos os tons de verde

Salgados os corvos pretos

Doces os pássaros coloridos de arco-íris

Salgada a prisão de Sita por Ravana em Sita Eliya

Doce a sua libertação por Rama e Hanuman

Salgadas as vontades que procuram apagar os poucos sinais da presença Portuguesa

Doce a presença de Santo António e a devoção que perdura desses tempo

Salgado o controlo (necessário ?) das tropas nos locais de peregrinação

Doces as árvores milenares que preservam em si recordações dos primórdios do Budismo

Salgadas as águas destruidoras do "tsunami" (1)

Doce a cooperação vinda do exterior

Salgado o conflitos entre tropas e Tigres Tamil

Doce a convivência entre as várias comunidades religiosas

Salgadas as manipulações dos homens que detêm poder

Doces a paciência das gentes simples

Salgada a forma como se conduz

Doce a água refrescante dos cocos

Doce as plantações de chá nas montanhas de Nuwara Eliya e o ar penetrante que ai se respira

Doce a oportunidade de poder contactar a "Lágrima Doce"


Nota: De acordo com fontes no local cerca de 53000 expiraram.

Relacionado com o maremoto (tsunami)... Uns dias antes de chegar a Baticaloa lia que aí ainda existia quem falasse uma espécie de dialecto com base lexical Portuguesa o que despertou um pouco a minha atenção... Seria interessante encontrar alguém que o falasse... Ao perguntar acerca de tal eventualidade a um local, ouço a seguinte resposta: "Conhecia dois ou tres e foram levados pelo 'tsunami'!!! Perante tal afirmacao secaram-se-me as palavras!

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